Violeiros e Guitarreiros do Ambiente Tradicional Português |
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João Pedro Grácio Nasceu a 27 de Maio de 1872 e faleceu a 4 de Março de 1963. Carpinteiro de profissão tinha a sua oficina na Rua da Boa Vista, certo decidiu formar uma Tuna com os amigos e como o dinheiro não abundava começou a aprender a arte de construir instrumentos musicais. Do seu casamento nasceram 12 filhos, 6 raparigas e 6 rapazes: o Manuel, o José, o Ulisses, o Joaquim (Kim), o Victor e o João. |
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João Pedro Grácio Júnior É o mais velho dos irmãos, o único que nasceu em Lisboa, uma vez que a família Grácio, quando o João tinha apenas 3 anos, foi viver para Coimbrão, pequena aldeia perto de Leiria. Grácio Júnior, enquanto andava na escola e nas horas livres, construía pequenos instrumentos que vendia aos seus colegas. Tornou-se um grande adepto da arte e acabou por convencer o pai a regressar a Lisboa, montando uma oficina de construção de instrumentos no Largo de São Martinho, em frente ao Limoeiro |
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Joaquim Grácio (Kim Grácio) Nasceu em Coimbrão no dia 21 de Maio de 1912. Filho de João Pedro Grácio e Margarida de Jesus, casou em Lisboa com Laura Augusta de quem teve 3 filhos, 2 raparigas e 1 rapaz. Nenhum dos filhos seguiu a arte de construir instrumentos musicais. Foi para os Estados Unidos em 1961 onde viveu durante 15 anos, aprendendo e aperfeiçoando a técnica de construção de violinos e respectivos arcos. |
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Gilberto Marques Grácio Nasceu em Lisboa e tem a sua oficina em Agualva, Cacém. Nas escadinhas da Ponte Nova nº 6. Filho de João Pedro Grácio Júnior é o último dos "Grácios" a construir instrumentos musicais. Os seus filhos não quiseram dar continuidade à tradição. Ultimamente, mais do que construir instrumentos, tem-se dedicado a transmitir esta arte em diversos cursos. A Família Grácio é a responsável pelas transformações feitas à Guitarra de Lisboa de parceria com Artur Paredes, pai de Carlos Paredes, dando deste modo origem ao nascimento de um novo instrumento, a Guitarra Portuguesa de Coimbra.
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Raul Simões Nasceu a 8 de Novembro de 1891 na freguesia da Sé Nova, Coimbra e faleceu a 4 de Novembro de 1981 na freguesia dos Anjos, Lisboa. Filho de Joaquim Simões, trabalhador, natural de Cernache e Leopoldina de Jesus, doméstica, natural de Assafarge, ambos do concelho de Coimbra. Raul Simões tem sido referenciado como o último grande Violeiro de Coimbra. Armando Simões, na sua obra “A Guitarra. Bosquejo histórico” descreve com pormenor a morfologia da antiga Viola de Coimbra (Toeira). Não começou pela arte, mas fez-se um bom Guitarreiro como construtor e restaurador de instrumentos de corda. Raul Simões foi um inovador da Viola Toeira na década de 1920. Nos finais da década de 1950, Raul Simões gravou para a Alvorada duas faixas com a cantadeira conimbricense Estrela Abrantes. Tinha a sua Oficina no Bairro de Santana em Coimbra. Este texto e fotografias foram amavelmente cedido por Dulce Simões |
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Manuel Cardoso Nasceu a 8 de Abril de 1933 em Montão, Oliveira de Cinfães, distrito de Viseu e faleceu em Odivelas no dia 17 de Julho de 1991. Construtor eleito pelos Guitarristas Portugueses, aprendeu a arte com Álvaro Merceano da Silveira. Do seu casamento com Maria Isabel Barbedo nasceram dois filhos. Maria Helena e Óscar Cardoso que deu continuidade à arte de seu pai. Tinha sua oficina no Casal do Previlégio em Odevelas. Já Falecido
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Óscar Manuel Barbedo Cardoso Nasceu no dia 5 de Maio de 1961 em Vila Nova, Freguesia de Oliveira Douro, Concelho de Cinfães, Distrito de Viseu. Filho de Manuel Cardoso com quem aprendeu a arte de construir violas e guitarras. Incentivado pelo pai, foi para Cremona, Itália, tirar um curso de construção de violinos. Tem a sua oficina no Casal do Previlégio - Odivelas. Inovados na arte de construir Violas e Guitarras Portuguesas sem fundo.
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António Guerra Nasceu em Beja, no dia 8 de Fevereiro de1924. Faleceu em ... Tem dois filhos mas nenhum deles quis dar continuidade à arte de Guitarreiro. Tem a sua oficina no Samouco, onde constrói Guitarras e Violas de Fado. Já Falecido
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João Palmeiro Nasceu em Arronches, distrito de Portalegre no dia 30 de Julho de 1928. Tinha a sua oficina no Montijo. A sua primeira experiência como construtor foi numa oficina na Amadora onde trabalhava para o professor Duarte Costa. Chegou a ter uma oficina em Arronches. Já falecido. |
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Miguel Rodrigues Nasceu a 29 de Junho de 1911 e aprendeu sozinho a arte de construir instrumentos. Tem a sua Oficina em Almornos, Sabugo, zona de Caneças, na Rua da Portela, nº32. Começou a trabalhar com o professor Duarte Costa, que tinha uma Escola de Música e oficina de construção de instrumentos na Avenida João XXI, 13-E, em Lisboa. Esta casa tinha sido comprada ao construtor Kim Grácio que passou a trabalhar na sua residência, na Avenida João XXI. Como a loja era muito pequena para ser Escola de Música e Oficina, passaram esta última para uma casa no Bairro de S. João de Deus. Mais tarde separaram-se e Duarte Costa (Av. João XXI) ficou com a Escola de Música e Miguel Rodrigues com a Oficina. Faleceu no dia 22 de Agosto de 2007 com 96 anos. |
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Domingos Machado Nasceu no dia 7 de Abril de 1936, onde a arte de construir instrumentos musicais já morava no seu berço. O pai, com o mesmo nome (Domingos Martins Machado) foi o último dos “Violeiros” que tinha uma banca de venda de instrumentos nas romarias minhotas. Andava de terra em terra, vendendo Violas Beiroas e Cavaquinhos, instrumentos típicos da zona de Braga. Na família Machado, a arte de construir instrumentos musicais começou num tio de Domingos Machado, pela parte do pai, que aprendeu a arte de Violeiro numa escola do Porto. Os tempos eram difíceis e o pai de Domingos Machado acabou por não aprender a arte de Violeiro com o irmão, estabelecendo-se por conta própria e teve de aprender com a escola da vida. Para poder sustentar a família trabalhava de noite e de dia. Domingos Machado começou aos 11 anos a trabalhar com o pai, fazendo pequenos trabalhos, como o de aquecer o “grude” (cola de origem animal que misturada com água e aquecida em “banho-maria” é utilizada para colar). Um dia, Domingos Machado zangou-se com o pai, porque ele não o deixava jogar à bola. Trabalhou como electricista e mais tarde numa litografia. Na época os empregos não duravam muito e passado algum tempo, o bom filho à casa torna. A arte de construir instrumentos não vai terminar na família Machado, pois seu filho Alfredo Matos Machado está a dar continuidade à arte de Violeiro, bem como o seu Museu de Cordofones, onde os visitantes podem apreciar a arte da família Machado. |
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Alfredo
Machado Filho de Domingos Machado, nasceu no dia 30 de Abril de 1960. Trabalha com o pai na oficina em Tebosa, Braga |
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Domingos Cerqueira O homem que dedicou toda a sua vida (mais de 60 anos) à construção de instrumentos de corda, chamava-se Domingos Cerqueira da Silva, nascido em Braga em 3 de Outubro de 1901. Seguindo as pisadas do avô e do pai, (que tiveram oficina no nº 399, bem perto onde ele exerceu o seu oficio, no 338 da Rua de Costa Cabral. Domingo Cerqueira suplantou-os como artista dotado que era. Trabalhou na casa Castanheira no Porto, onde desde 1926 se fixara, estabelecendo-se por conta própria em 1962. A sua oficina transformou-se numa espécie de tertúlia dos instrumentistas portuenses, onde o mestre Domingos Cerqueira pontificava, rodeado de amigos e de ferramenta e trabalhando. Homem simples e afável, o velho artesão foi um artista notável que construiu centenas de instrumentos de cordas, aos quais sempre imprimiu a sua marca de qualidade. Trabalhou para os E.U.A., Alemanha e África do Sul, quase sempre só, pois após a morte do irmão João, só teve a ajudá-lo um aprendiz em quem tentou, em vão, encontrar a continuidade da sua arte. Conta ainda Mascarenhas Barreto, que Domingos Cerqueira consciente do declínio da construção em Portugal de instrumentos de corda, procurou interessar a Fundação Calouste Gulbenkian na criação do ensino dessa arte em escolas industriais, mas o seu propósito nunca se concretizou, para mal de uma actividade que já teve grande prestígio entre nós. O artista portuense morreu com a mágoa de saber, talvez extinguir-se também a arte em que tanto se esmerou. Não esquecer que foi ainda Domingos Cerqueira, que suplanta a execução de Voluta artísticas, encimando o braço da guitarra com arte de entalhador, o Dragão”. Nota: este texto foi uma gentileza do Sr. Manuel Carvalho |
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Francisco
Mendonça Rodrigues (Cambé) No Funchal, um dos
Violeiros mais interessantes e também o mais antigo é Francisco Mendonça
Rodrigues, mais conhecido como Mestre Cambé. Tendo nascido a 15 de Agosto de
1924 em São Pedro, Funchal, Francisco Cambé pertence a uma antiga família de
Violeiros, inaugurada com o seu bisavô Baurura Cambé. |
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José
Gomes Henriques Fabricante de instrumentos de cordas típicos da Ilha da Madeira, como o Braguinha, o Rajão ou ou Viola de 9 cordas conhecida por Viola de Arame da Madeira, tinha a sua oficina no Funchal, na Travessa dos Capuchinhos nº 37. |
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Carlos Jorge Carlos Jorge Pereira Rodrigues, com oficina da Rua dos Frias no Funchal – Madeira. Constrói os principais instrumentos desta região autónoma, a Viola de Arame, o Rajão e o Braguinha. É um construtor muito procurado para o restauro de instrumentos antigos. Com este trabalho tem aprendido a dar continuidade à arte do fabrico de instrumento do ambiente popular madeirense, analisando cuidadosamente as técnicas de construção, “formas”, colas e vernizes utilizados pelos antigos construtores. Fez ultimamente uma cópia de um antigo Contrabaixo com caixa acústica de Viola. Como curiosidade é o inventor de um instrumento híbrido de dois braços, para que o músico solista possa utilizar a sonoridade do Rajão e do Braguinha.
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José Augusto Lobão Nasceu no dia 30 de Julho de 1937. Aprendeu a arte com o pai, Manuel Lobão que nasceu a 10 de Abril de 1908. Tem quatro filhos que não deram continuidade à arte de construir. Com oficina na rua do Rêgo Nº4, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores é um construtor de Violas da Terceira. |
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Adelino Vicente Construtor de Violas da Terra. Tinha a sua oficina na rua da Paz Nº 1, Vila Franca do Campo, S. Miguel, Açores.
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Ernesto Goulart da Costa Construtor de Violas que tinha oficina em Vale Farto, Praia da Vitória , Açores. |
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António Faria Vieira Com oficina em Várzea - Felgueiras é um construtor de Cordofones onde os Cavaquinhos aparecem com formas híbridas e com variante de 6 cordas e 8 cordas. Nos Cavaquinhos de 8 cordas, todas as cordas aparecem emparelhadas (cordas duplas) e nos Cavaquinhos de 6 cordas só as duas primeiras ordens são duplas. Constrói todos os tipos de Cordofones portugueses, como Guitarras portuguesas, Violas, Bandolins, etc..
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Fernando Amorim Foi o inventor de uma Guitarra Portuguesa "Gigante" em que o seu interior pode ser visitado para se observar o interior da caixa acústica.
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Costa Santos
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Fernando Meireles Construtor autodidacta, nasceu em 1960. Ligado à Associação da Universidade de Coimbra fabrica Guitarras Portuguesas e Bandolins de grande qualidade.
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Pedro Caldeira Cabral Nasceu em Lisboa em 1950. Ainda na infância, inicia o estudo da Guitarra Portuguesa, da Viola Dedilhada e da Flauta doce. Mais tarde estuda solfejo, contraponto e harmonia com o Prof. Artur Santos. A partir de 1970 inicia o estudo do Alaúde, da Viola da Gamba e de outros instrumentos antigos de corda. Fundou e dirigir os grupos La Batalla e Concerto Atlântico, especializados na interpretação da Música Antiga em instrumentos históricos. |
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Raimundo Tereso Construtor de Guitarras e Violas Portuguesas. Com a sua Oficina na zona Alta de Arcena, Lote 74 - 2615 Alverca. Nasceu em 24-08-1951 em Chão do Galego - Alcobaça. Aprendeu a arte sozinho tendo como referencia as Guitarras do Álvaro da Silveira. Tenho métodos de construção muito próprios. Morada: Rua Olival Santo lote 74 Zona Alta de Arcena - Alverca. Em 1986 começou a fazer parte do grupo de variedades do Clube TAP, na vertente de fadista e assim nasceu o interesse pela construção da Guitarra Portuguesa.
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Álvaro Merceano da Silveira (Álvaro Ilhéu) Nasceu no Funchal em 1883, faleceu em
Lisboa em 1975. |
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Isac Dias
Çonçalves - "Luthier" - Braga Isac Dias
Gonçalves@isacguitarras - Pode ver o seu trabalho no FaceBook em /isacguitarras. Construtor de instrumentos populares portugueses. Repara instrumentos bem como reparações em cordofones eléctricos ou electrificados. Estou no Liceu Sá de Miranda em Braga.
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José
António Cardoso
Paulo Cardoso (filho) Telemóvel - 965 093 009 |
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Construtores do Século XX
Na
região Norte: |
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